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Inteligência emocional
Provavelmente você já se deparou com situações em que apenas a inteligência tradicional não foi o suficiente para lidar. Isto se dá ao fato de que, para além da inteligência como é tradicionalmente conhecida, também existe o que é chamado de inteligência emocional, a qual é necessária para lidarmos com as mais diversas situações do cotidiano. Neste artigo, apresento o conceito da inteligência tradicionalmente conhecida, apresento o que é o “famoso” “quociente intelectual” (QI), tanto quanto a definição de inteligência emocional, demonstrando as suas características essenciais.
De acordo com a Bibliografia que temos atualmente, o britânico Francis Galton provavelmente foi a primeira pessoa a pensar em testar a inteligência. Para tanto, Galton estabeleceu um pequeno laboratório em um museu de Londres, com o intuito de medir as capacidades humanas. Pouco tempo depois, diversos outros psicólogos já estavam altamente empenhados em criar testes de capacidades intelectuais. Os primeiros a adequarem a mensuração da inteligência foram os psicólogos franceses Binet e Simon. No ano de 1904, tais psicólogos foram designados pelo governo francês para auxiliarem a resolver o problema do baixo rendimento escolar nas escolas primárias francesas.
Na intenção de responder à pergunta: “o que fazem os sujeitos brilhantes que a média não consegue fazer?”, Binet e Simon desenvolveram diversas tarefas capazes de verificar aspectos como julgamento, compreensão, raciocínio, atenção, memória e outros. Se uma criança de seis anos conseguisse resolver apenas os testes da idade de quatro anos, significava que ela teria uma idade mental de quatro anos. Se a criança resolvesse os testes da sua idade e de idade superior, era considerada de inteligência normal.
Outras formas de testes surgiram nos Estados Unidos da América (EUA), a mais famosa é a de Lewis Terman (1877-1956), um psicólogo americano que produziu uma versão amplamente aceita do teste de Binet para americanos em 1916. Terman foi o primeiro a usar o conceito de “quociente intelectual” (QI), atribuído ao psicólogo alemão Willian Stern, como um indicador de inteligência. O QI é um índice numérico que compara o desempenho de uma pessoa com o de outras da mesma idade, podendo ser calculados de diferentes maneiras.
Em suma, inteligência é definida, de forma geral, como uma capacidade global para o desempenho de atividades mentais. Já o QI, diz respeito a um número que aponta como uma pessoa se desempenhou em um determinado teste em comparação a outras pessoas da mesma faixa etária.
Inteligência Emocional
O psicólogo Daniel Golemam, PhD de Harvard, criou o conceito de Inteligência Emocional. Para ele, temos dois tipos de inteligência, a tradicional, que pode ser medida através de testes de QI, conforme demonstrado acima e a inteligência emocional (QE). Para Golemam, o sucesso de uma pessoa se dá: 20% devido ao QI e 80% devido ao QE, daí a importância de se desenvolver o QE. Para definir a Inteligência Emocional, Golemam nos apresenta cinco características, a saber:
- Autoconhecimento: aponta para a capacidade de uma pessoa reconhecer os próprios sentimentos, usando-os para tomar decisões que promovam satisfação pessoal. Um indivíduo que não entende seus sentimentos fica à mercê deles, o contrário, leva o sujeito a pilotar melhor a sua vida, especialmente nas tomadas de decisão.
- Administração das Emoções: trata-se de uma habilidade que permite que a pessoa controle seus impulsos, consegue dispersar a ansiedade ou direciona a raiva, na medida e hora certas.
- Automotivação: quem possui esta característica consegue persistir e se manter otimista mesmo diante de problemas.
- Empatia: é a capacidade de se colocar no lugar do outro, entende-lo e perceber sentimentos não verbalizados.
- Arte do Relacionamento: diz respeito à habilidade de se relacionar interpessoalmente, aponta para a capacidade de lidar com as reações emocionais dos outros, interagindo com tato.
Ainda não existem testes capazes de mensurar o QE. Os testes de QI são capazes de avaliar a capacidade lógica e a de raciocínio, mas não dão conta de verificar as demais variáveis que representam a Inteligência Emocional. O que se sabe é que, se um bom QI é capaz de lhe dar um bom emprego, um bom QE ter garantirá uma promoção, pois os possuidores de um bom QE têm a habilidade de perceber sentimentos ocultos e falar o que um grupo quer ouvir, possui equilíbrio emocional para as diversas situações da vida diária.
O QE não é hereditário, pelo contrário, a gente aprende a lidar com as emoções no decorrer da nossa existência, ou seja, é possível desenvolver a Inteligência Emocional. Emoções fortes como a raiva ou a ansiedade acima do normal, por exemplo, criam um bloqueio na região frontal do cérebro, responsável pelo raciocínio.
Psi Wesley Lutero M. da Silva – CRP: 06/167771
– Psicólogo clínico;
– Foco em Saúde Emocional e Trabalho;
– Bacharel em Psicologia;
– Bacharel em Administração de Empresas;
– Pós-graduando em Psicanálise
Fonte: Evidenciador